NUM DIA QUALQUER

Numa tarde qualquer, de um dia qualquer, na cidade de Consciência, dois compadres deitados, perdiam vida à sombra de uma árvore, quando ouviram um alvoroço no espaço de um vizinho no fim da rua:
- Ela está lá! Ela está lá! - disse um humano que corre por eles em direção à casa de onde se está vindo o alarde.
Os dois compadres se levantaram com uma pressa não cabível àquela situação e começaram a correr seguindo o humano sem dizer palavra alguma, apenas um semblante de espanto se notara neles.
...
- Corram! Corram! Nós vamos ver Ela! – gritava sorrindo o humano à frente deles.
- Pareceu-me risos, será? – disse um compadre ao outro.
- Temos que ser ágeis, poderá ser a nossa única chance de presenciar aquilo!
Aos tropeços e empurrões os três correram a rua toda até chegarem à casa em questão. Havia uma pequena multidão ali, toda quieta e a observar...
- Meu deus!! É ela?! – disse de forma pasma um dos compadres.
- Sim, meu querido, é disto de que tanto falam. Aprecie os rostos daqueles que a sentem!Olhe!
A multidão toda estava maravilhada, uns choravam, outros apenas sorriam com o que viam nos viventes daquela casa, a salvar por uma criança que parecia não entender o sentido daquilo tudo; no entanto, a criança notara que todos ali observavam algo que lhes parecia especial e único, então ela puxa a calça do pai e pergunta, de forma quase sussurrante, para não chamar a atenção de toda daquela gente:
- Pai, o que todos estão vendo?
O pai então pega a criança no colo, aponta para o centro da multidão e diz com um orgulho de quem tem certeza do que fala:
- Aquilo, meu filho? Aquilo se chama felicidade.

AUTOR CONVIDADO: IGOR AMORIM

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