UBATUBA CAIÇARA

Sabem de que eu gostaria agora?
Rever a Ubatuba de outrora.
Ubatuba pequena e simplória.
Mas que tem marcas na história.

Sinto saudades de suas ruas.
Estreitas, não calçadas, quase nuas
Do jeito simples de sua gente
A caminhar por elas displicentes.

Os Casarões, os antigos Sobrados,
A velha cadeia com apenas três soldados.
O antigo Chafariz da Praça.
E as casas velhas sem vidraças.

É! E a meninada
Que brincava na calçada
Era tranquila e quase deserta.
E todas as casas de janelas aberta!

Você se lembra? Assim é que se dormia
E nem a porta era trancada!

Em dias de faxina, muita coisa era exposta na calçada.
E só no fim da tarde é que se recolhia.

E ao cair a tarde ou ao amanhecer
Tinha muita gente levando cana para moer,
Muita mulher levando feixes à cabeça.
É muito bom que disso tudo eu não me esqueça!

Hoje, essa UBATUBA, dos caiçaras que puxam as redes
Só resta na lembrança ou num quadro de parede!
E esta lembrança que saudade me traz!

Dos velhos tempos de uma Ubatuba que já não temos mais.

Autora Convidada: Mirtis Alves


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