FOGO MORTO-VIVO

Tira de nós o fogo
Por medo de queimar,
Mas frio que congela os prantos
Queima mais do que cura.
Traz de fora as coisas mortas,


Deixa a vida para quem sabe morrer.
Produz dentro de si bossa nova,
Vende, fora, cru corpo a sambar e cem arrobas de saber.
Torna a vida uma antítese clássica:
Não esqueça a fé, mas encontre a paz na praia.
Mãos brancas destruídas pela fumaça...

Meros números que são corpos e fazem a máquina girar.
Mas tire desse fogo a brasa
E veja a escuridão que ficará.
Não há luz que brilhe intensa
Sem uma essência por trás.

Autora Convidada: Rita Prazeres
Poema vencedor da X Edição do Concurso de Poesias Poetas do Vale ano 2012

Um comentário:

Anônimo disse...

Merecedora! Ricas palavras! Parabéns a Rita pela sensibilidade!

Maria Flor!